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sexta-feira, 30 de agosto de 2019

CENTURY, VIAJE NO TEMPO COM ESTA BANDA FRANCESA

Century é uma banda de rock francesa formada em 1979 em Marselha. Century é provavelmente mais conhecida pelo single "Lover Why" que permaneceu por sete semanas em primeiro lugar na França. A banda chegou a vender mais de dez milhões de cópias em todo o mundo.

No Brasil, a canção "Lover Why" foi utilizada na trilha sonora da novela Ti Ti Ti da Rede Globo. "Gone with the Winner" entrou na trilha sonora da novela Hipertensão.


Atuais
Jean-Louis Milford – vocal, teclados
Thomas Richard – guitarras, teclados
Philipp Sanders – bateria
Stephen Pisani – baixo
Anteriores
Éric Traissard (guitarra)
Laurent Cokelaere (baixo)
Christian Portes (bateria)
Jean-Dominique Sallaberry

Discografia

Título Detalhes do álbum
...And Soul It Goes
Lançamento: 1986
Gravadora: Clever
Formatos: LP, CD, K7
Is It Red?
Lançamento: 1988
Gravadora: MBP
Formatos: LP, K7
Timeless
Lançamento: 2006
Gravadora: Apology Records
Formatos: CD

Singles
1985 - "Lover Why"
1986 - "Jane"
1986 - "Gone with the Winner"
1986 - "Self Destruction"
1988 - "This Way to Heaven"

VÍDEOS:
Century Lover why 1986

CENTURY - JANE (legendado)

CENTURY - 10 CANÇÕES ROMÂNTICAS


FONTE: WIKIPÉDIA

AUTOR: GUGUSONGS

terça-feira, 27 de agosto de 2019

BOB MARLEY, CONHEÇA TUDO SOBRE ESSA LENDA DO REGGAE

FOTO: REGGAEVILLE

Robert Nesta Marley, mais conhecido como Bob Marley (Nine Mile, 6 de fevereiro de 1945 — Miami, 11 de maio de 1981), foi um cantor, guitarrista e compositor jamaicano, o mais conhecido músico de reggae de todos os tempos, famoso por popularizar o gênero. Marley já vendeu mais de 75 milhões de discos.

Dedicado a protestar contra problemas sociais, levou, através de sua música, o movimento rastafári e suas ideias de paz, irmandade, igualdade social, preservação ambiental, libertação, resistência, liberdade e amor universal ao mundo. A música de Marley foi fortemente influenciada pelas questões sociais e políticas de sua terra natal, fazendo com que considerassem-no a voz do povo negro, pobre e oprimido da Jamaica. A África e seus problemas como a miséria, guerras e domínio europeu também foram centro de assunto das suas músicas, por se tratar da terra sagrada do movimento rastafári.

A coletânea Legend, lançada três anos após sua morte e que reúne algumas músicas de álbuns do artista, é o álbum de reggae mais vendido da história. Bob foi casado com Rita Marley (de 1966 até a morte), uma das I Threes, que passaram a cantar com os Wailers depois que eles alcançaram sucesso internacional. Ela foi mãe de quatro de seus doze filhos (dois deles adotados), os renomados Ziggy e Stephen Marley (pronuncia-se Stivân), que continuam o legado musical de seu pai na banda Melody Makers. Outros de seus filhos, Ky-Mani Marley, Julian Marley e Damian Marley (vulgo Jr. Gong) também seguiram carreira musical. Foi eleito pela revista Rolling Stone o 11º maior artista da música de todos os tempos.

Biografia

Bob Marley nasceu em 6 de fevereiro de 1945 em Saint Ann, no interior da Jamaica, filho de Norval Sinclair Marley, um militar branco, capitão do exército inglês e Cedella Booker, uma adolescente negra vinda do norte do país. Cedella e Norval estavam de casamento marcado para 9 de julho de 1944. No dia seguinte ao seu casamento, Norval abandonou-a, porém continuou dando apoio financeiro para sua mulher e filho. Raramente os via, pois estava constantemente viajando. Após a morte de Norval em 1955, Cedella Booker casou-se com Toddy Livingstone, também de Saint Ann, e mudou-se com Marley para Trenchtown, a maior e mais miserável favela de Kingston, onde era provocado e rejeitado pelos negros locais por ser mulato e ter baixa estatura.

Carreira musical

A jornada

Quando foi morar em Trenchtown, Bob ainda jovem já tinha uma ligação forte com a música. Ele e o seu amigo Bunny, filho de seu padrasto, improvisavam guitarras feitas de lata e acompanhavam os sucessos vindos da América, particularmente de New Orleans, sintonizados em um minirrádio transistorizado. Eles captavam Ray Charles, Fats Domino, Brook Benton (um dos preferidos de Marley) e grupos como os Drifters, que eram muito populares na Jamaica.

Por volta do início dos anos 60, o movimento R&B começou a decair nos Estados Unidos e tornou-se difícil a aquisição de discos para satisfazer a dieta insaciável de lançamentos que o povo jamaicano exigia. Os donos dos Sound Systems viram-se então obrigados a investir no talento dos músicos locais. Começava-se a desenvolver nesta época na ilha, uma música que incorporava as tradições musicais jamaicanas com influências do R&B e das big bands, resultando no vibrante e agitado som do ska. A independência da Jamaica em 1962, deixando de ser uma colónia britânica, ajudou a compor o momento de criação de uma música originalmente jamaicana.

Os donos de Sound Systems tornaram-se então produtores. Alugavam algum estúdio de duas pistas, descobriam algum rapaz que tivesse o talento de cantar suas emoções vividas nos guetos de Kingston, e faziam discos de ska.
Apartamento de Bob Marley em Londres, onde ele viveu em 1972

Quando Bob Marley deixou a escola aos 14 anos, parecia ter apenas uma ambição: a música. Mas, muito para agradar sua mãe, que temia que ele se tornasse um rude boy (como são conhecidos os delinquentes juvenis na Jamaica), arranjou um emprego de soldador.

Passava suas horas livres ao lado de Bunny aperfeiçoando as suas habilidades vocais. Eles eram ajudados por um dos mais célebres habitantes de Trenchtown na época, o cantor Joe Higgs, que dava aulas informais de canto para artistas aspirantes que estivessem interessados em aperfeiçoar suas habilidades. Foi numa destas sessões que Bob e Bunny Wailer conheceram Peter Tosh, outro jovem com grande ambição na música.

Em 1962, Bob fez uma audiência para o produtor Leslie Kong, que veio a publicar as suas primeiras gravações. "Judge Not", composta pelo próprio Marley, foi a primeira. Apesar de as músicas gravadas não terem sido executadas nas rádios e chamado pouca atenção do público, vieram confirmar a ambição de Marley de se tornar cantor.

No ano seguinte, Bob decidiu que o caminho a seguir seria criar uma banda. Juntou-se com os seus amigos Bunny Wailer e Peter Tosh para formar os "Wailing Wailers". Escolheram este nome para a banda porque diziam que, ao nascer no gueto, nasciam a lamentar, e "wail" significa "lamentar". O novo grupo tinha um mentor: o percussionista rastafári chamado Alvin Patterson, que apresentou os garotos para o produtor Coxsone Dodd. No verão de 1963, Coxsone ouviu os Wailing Wailers e, satisfeito com o som do grupo, resolveu gravá-los.

Os Wailing Wailers finalizaram seu primeiro single, "Simmer Down" através do selo de Coxsone, durante as últimas semanas de 1963. Já em janeiro do ano seguinte era a primeira nas paradas jamaicanas, e se manteve nesta posição durante os próximos dois meses.

O grupo, Bob, Bunny e Peter juntamente com outro cantor, Junior Braithwaite e mais duas backing vocals, Berverly Kelso e Cherry Smith, eram a grande novidade no cenário jamaicano. "Simmer Down" causou grande sensação na ilha e os Wailing Wailers começaram a gravar com regularidade para o lendário Studio One de Coxsone Dodd. O grupo agora criava novos temas identificando-se com os Rude Boys das ruas de Kingston. A música jamaicana finalmente tinha uma identidade e alguém que falava a mais pura linguagem do gueto.

Nos anos seguintes, a banda de Marley colocou mais alguns hits nas paradas da ilha, o que estabeleceu a popularidade do grupo mas, apesar disto as dificuldades económicas que atravessavam fez com que Junior Braithwaite, Berverly Kelso e Cherry Smith deixassem a banda. Além disso, a mãe de Bob havia-se casado novamente e mudou-se para Delaware, nos Estados Unidos, onde economizou algum dinheiro para mandar uma passagem de avião para o jovem Marley, naquela altura com 20 anos. A intenção da mãe de Bob era que lá ele começasse uma nova vida. Antes de se mudar para a América do Norte, ele conheceu uma jovem chamada Rita Anderson, e no dia 10 de fevereiro de 1966 casaram-se.

A estadia de Marley nos Estados Unidos teve vida curta. Ele só trabalhou lá o suficiente para financiar a sua verdadeira ambição musical. Em outubro de 1966, Bob Marley, depois de oito meses na América do Norte, retornou à Jamaica. Este foi um período decisivo na sua formação, pois o imperador da Etiópia, Haile Selassie, havia feito uma visita de estado na Jamaica em abril daquele ano, e durante o período em que Bob esteve fora, o movimento rastafári ganhou nova vida nas ruas de Kingston. Marley começou cada vez mais a se aprofundar dentro do espírito e cultura rastafári.

Em 1967, a música de Bob já refletia a sua nova crença. Ao invés de cantar hinos para os Rude Boys, Marley começou a compor temas sociais e espirituais, o que se tornou sua marca registrada e seu maior legado. Uniu-se novamente a Peter Tosh e Bunny Wailer para reorganizar o grupo. Eles simplificaram o nome original "Wailling Wailers" para "The Wailers". Rita tinha iniciado sua carreira como cantora e alcançou um grande sucesso com a música "Pied Piper", uma versão cover de uma música pop inglesa. A música jamaicana, por sua vez, estava a transformar-se: o agitado ska tinha sido substituído por um ritmo mais lento e sensual chamado rocksteady.

O compromisso que os Wailers vinham assumindo com o movimento rastafári provocou um certo conflito com o produtor Coxsone Dodd. Então, decidiram controlar o seu destino fundando seu próprio selo, Waili'N'Soul. Devido à ingenuidade deles nos negócios, apesar de terem conseguido algum sucesso no princípio, a firma acabou falindo no final de 1967. Apesar disto, o grupo sobreviveu inicialmente como compositores para uma companhia associada ao cantor americano Johnny Nash, que na década seguinte teve um grande sucesso internacional com a música "Stir it Up" de Marley.

No final da década de 1960 e início de 1970, os Wailers também se uniram ao produtor Lee Perry, o mago dos estúdios, que transformou as possibilidades técnicas de gravação numa forma requintada de arte. A união dos Wailers com Lee Perry resultou em algumas das mais belas produções da banda. Faixas como "Soul Rebel", "Duppy Conqueror", "400 Years" e "Small Axe" não foram apenas clássicos, mas definiram a direção do reggae. Nesta mesma época, o baixista Aston "Family Man" Barret e seu irmão, o baterista Carlton se uniram aos Wailers. Eram eles que formavam a base rítmica dos "Upsetters", o grupo de estúdio de Lee Perry com quem os Wailers tinham gravado em todas aquelas sessões junto ao produtor. Os dois irmãos eram, indiscutivelmente, a melhor sessão rítmica da época e o The Wailers, junto a eles, começou a ganhar forma. Anos mais tarde, Family Man, numa declaração, disse:
“ Nós éramos a melhor cozinha e os Wailers o melhor grupo vocal da Jamaica, então nos perguntamos: por que não pôr o mundo de joelhos?" ”

Apesar de a aclamação local, a banda permanecia obscura internacionalmente. No verão de 1971, no entanto, Bob aceitou o convite de Johnny Nash para acompanhá-lo até a Suécia, onde o cantor americano tinha sido encarregado de produzir a trilha sonora para um filme sueco. Enquanto estava na Europa, Marley assinou um contrato com a CBS, que naturalmente também era a gravadora de Nash. No verão de 72 todos integrantes dos Wailers estavam em Londres promovendo ostensivamente um single para a CBS: 

"Reggae on Broadway". Mas assim como o filme de Nash, o projeto fracassou e os Wailers se viram em maus lençóis numa terra distante. Como última cartada na Europa naquele ano, Marley dirigiu-se aos estúdios da Island Records, em Londres, e perguntou se podia ver seu fundador Chris Blackwell.
Bob Marley em concerto em 1980

Chris Blackwell, um jamaicano branco, descendente de ingleses, pertencente a uma rica e tradicional família da ilha, havia fundado a Island Records na Jamaica ainda no final dos anos 50 e já estava envolvido com a cultura musical jamaicana, mesmo antes da época do Ska. A companhia foi uma das pioneiras em exportar a música jamaicana para o mundo e na década de 60 se tornou a principal responsável por lançamentos e divulgação da música da ilha no Reino Unido, desde o ska, passando pelo rocksteady até o reggae. 

A Island, ainda nos anos 60, também expandiu seus negócios para o rock'n roll, tendo em seu "casting" artistas como Traffic, Jethro Tull, King Crimson, Cat Stevens, Free e Fairport Convention. Assim, quando Marley fez seus primeiros passos dentro da Island em 1971, ele estava se conectando com a mais quente das gravadoras independentes na época.

Blackwell sabia da reputação de Marley na ilha caribenha. Tanto o lado no qual eram conhecidos como um bando de Rude Boys, quanto a de que eram de qualidade e fibra inigualáveis e que, acima de tudo eram muito populares e respeitados tanto na Jamaica como, já na época, em todo Caribe. Foi oferecida ao grupo uma oferta de confiança aonde Chris Blackwell, o contratante, dava um adiantamento de £ 4.000 (o equivalente aproximadamente a US $ 8.000), e uma carta branca para eles irem para a Jamaica e produzirem o material para o primeiro álbum do The Wailers na Island Records. 

Pela primeira vez uma banda de reggae tinha este tipo de tratamento, comparável aos seus contemporâneos do rock n' roll, com acesso ao mais alto nível de gravação. Antes disso, considerava-se que reggae só vendia discos "singles" ou coletâneas de baixo custo. Blackwell foi advertido por várias pessoas a não confiar tanto assim nos garotos e que possivelmente eles sumiriam com o dinheiro sem que se visse resultado de gravação alguma. Depois de alguns meses, os Wailers estavam de volta a Londres com o material que haviam gravado nos estúdios da Island em Kingston.

Para tornar o material mais agradável aos ouvidos do público internacional, foram acrescentadas às gravações originais, solos de guitarra e linha de teclados executadas por músicos ingleses. A estratégia de Blackwell consistia em lançar os Wailers como uma nova banda de Rock, composta por negros jamaicanos. O resultado disso foi o álbum "Catch a Fire", com uma sugestiva embalagem em forma de isqueiro, de onde se retira o vinil abrindo a tampa. O disco foi pesadamente promovido, iniciando a partir daí a escalada internacional do sucesso e reconhecimento de Bob Marley.

A cadência de Marley, aliada a suas letras de paz, protesto e engajamento social contrastavam completamente com o que rolava no cenário do rock da época. A gravadora decidiu que os Wailers deveriam excursionar fazendo shows tanto no Reino Unido, como também nos Estados Unidos, de novo uma completa novidade para uma banda de reggae. A banda embarcou numa excursão pela Europa, o que a solidificou em suas performances ao vivo. Depois de três meses, voltaram à Jamaica, e Bunny, decepcionado com a vida na estrada e o pouco dinheiro que ganhavam, recusou-se a participar da tour pelos Estados Unidos. Foi substituído por Joe Higgs, o mestre musical dos ainda adolescentes Wailers, nos tempos de Trenchtown. Nos Estados Unidos, Bob Marley e seus parceiros lotaram alguns clubes noturnos e abriram shows para outros artistas. 

A repercussão da banda em sua tournée andava tão bem que foram arranjadas 17 datas para os Wailers abrirem os shows de Sly & The Family Stone, na época a maior banda de Black Music da América. Depois de abrir quatro shows para Sly, Bob Marley e sua banda foram retirados da tournée. Pelo que parece, Bob Marley & The Wailers destacavam-se mais do que a banda que deveria ser a atração principal.
Sede da Tuff Gong Records, gravadora fundada por Bob

O primeiro sinal da projeção de Bob Marley como astro internacional viria através de um presente de Chris Blackwell, para o proeminente novo artista. Logo após o impacto do álbum "Catch a Fire" no mercado europeu, Blackwell entregou a Marley as chaves da Island House, uma imponente mansão situada na Hope Road Avenue, parte rica de Kingston, inclusive muito próxima à sede do governo, que ficava rua abaixo com seus imensos jardins. 

Em pouco tempo o novo "yard" de Marley tornou-se um núcleo de criação e uma espécie de comunidade, com acesso livre para toda a família, amigos do gueto, rastas, namoradas de uns e outros, músicos, jornalistas estrangeiros, e mais alguns outros que eventualmente apareciam para jogar o famoso futebol de fim de tarde no estacionamento da casa. Bob Marley, como revelam relatos de amigos e família, dava dinheiro e comida para pessoas que vinham da favela pedir. Era comum formar filas de mulheres com bebês, crianças, jovens e até mesmo homens que queriam começar um pequeno negócio, na porta da casa do músico.

Este clima de euforia de uma nova vida comunitária religiosa e criativa encontraria sua tradução no disco "Burnin", segundo lançamento dos Wailers pela Island Records, no final de 1973. As músicas, com um conteúdo ainda mais politizado e social que as do álbum anterior, atingiam o público branco da Europa e Estados Unidos com clássicos como "Get Up, Stand Up", na qual Bob alerta as pessoas para que lutem por seus direitos , "I Shot the Sheriff", etc. Estava a acontecer uma verdadeira revolução musical e ideológica.

Celebridades como Paul McCartney, Mick Jagger começavam a admirar o ascendente trabalho do jamaicano. O lendário Eric Clapton ressurgiu regravando "I Shot the Sherif", de Marley, versão que atingiu os primeiros lugares nas paradas, colocou o guitarrista inglês novamente no cenário musical e ajudou a alavancar ainda mais a carreira de Bob Marley & The Wailers.

Em outubro de 1974, "Natty Dread" foi lançado. Graças ao sucesso da faixa "No Woman No Cry", que atingiu o primeiro lugar na parada inglesa, Marley tornou-se ainda mais popular. A essa altura, o grupo já não contava mais com Bunny Wailer e Peter Tosh, que partiram para suas carreiras solo e foram substituídos pelas I-Threes: as cantoras Judy Mowatt, Marcia Griffiths e a mulher de Bob, Rita Marley.

Com o lançamento do próximo disco, "Rastaman Vibration", em 1976, o cantor conquistou a fama nos Estados Unidos. Na Jamaica, a sua fama já era quase mística, e em grande parte graças às mensagens de suas músicas, o pensamento rastafári estava a tornar-se muito popular nos guetos jamaicanos. Em meio a este quadro, também havia o fato de o imperador etíope Haile Selassie, considerado pelos rastas como a representação de Deus na Terra, ter falecido no final de 1975.
Tiroteio e a violência eleitoral
Bob Marley & The Wailers ao Vivo no Crystal Palace Park durante a Uprising Tour

Em 1976, ano de eleições parlamentares na Jamaica, a ilha vivia um dos períodos mais sangrentos da sua história. Havia, praticamente, uma guerra civil entre jovens militantes que defendiam partidos distintos. Bob Marley quis dar um show gratuito pela paz e pela união da juventude. O então primeiro-ministro, líder do partido PNP, Michael Manley, apoiou e deu força à ideia do concerto pela paz, para supostamente apaziguar as tensões antes das eleições, marcadas para dali uns dias. Dois dias antes do show, porém, a casa de Bob Marley na Hope Road Avenue foi invadida por um grupo de pistoleiros defensores do candidato opositor a Michael Manley, que invadiu a sala onde Marley estava a ensaiar, e disparou tiros em todas as direções, com o intuito de o matar. 

Miraculosamente, ninguém foi morto no ataque noturno. Don Taylor, empresário de Marley, estava a aproximar-se dele no exato momento em que os homens começaram a disparar, levando vários tiros e tendo, como legado deste fato, uma vida sobre a cadeira de rodas. Rita Marley levou um tiro de raspão na cabeça. O projétil ficou alojado em seu couro cabeludo. Marley recebeu um tiro que raspou seu peito logo abaixo do coração e penetrou profundamente em seu braço esquerdo. O caso de Marley foi o menos grave entre os atingidos, sendo o primeiro a sair do hospital. 

No dia 5 de Dezembro, Bob, depois de muitos alertas, resolveu subir ao palco do festival mesmo baleado. Ainda com os curativos, Marley se apresentou no concerto "Smile Jamaica", pela paz, e depois mostrou os seus ferimentos ao público. Nesta ocasião, ao ser questionado sobre o fato de comparecer ao show mesmo baleado, o músico disse uma de suas mais conhecidas frases: "As pessoas que estão a tentar destruir o mundo não tiram um dia de folga. Como posso eu tirar, se estou a fazer o bem?"

A continuação da jornada musical

Logo após o concerto "Smile Jamaica", o cantor mudou-se para Londres, temendo que fosse vítima de outro atentado político, devido aos temas e críticas políticas e sociais de suas músicas. Em Londres, gravou seu disco "Exodus". A partir de então, o sucesso dos Wailers só aumentou e cada disco lançado destacava-se nas primeiras posições inglesas e americanas.
Estátua de Bob Marley em Kingston

Bob Marley voltou a morar na Jamaica em 1978. O músico resolveu conceder um concerto gratuito em Kingston para comemorar o seu retorno. No dia 22 de abril de 1978, Bob Marley & The Wailers apresentaram-se no Estádio Nacional de Kingston, no famoso "One Love Peace Concert". Neste show, Marley chamou ao palco o então primeiro-ministro jamaicano, Michael Manley, líder do partido PNP, e Edward Seaga, líder do partido da oposição, para que dessem as mãos e fizessem um juramento de paz. A multidão que assistia ao concerto foi à loucura.

Ainda em 1978, Bob foi pela primeira vez a África, onde visitou o Quénia e a Etiópia, país sagrado reverenciado pelo movimento rastafári. Depois de uma nova tournée pela Europa e EUA, o grupo lançou o disco ao vivo "Babylon By Bus", e tocou na Austrália, Japão e Nova Zelândia. Em 1979, Bob Marley & The Wailers lançaram seu álbum mais politizado de todos. "Survival" tinha como tema nas suas músicas os problemas sociais e políticos pelos quais o continente africano passava, como guerras, fome e o domínio branco. Neste álbum, foi lançada a música "Zimbabwe": uma música de apoio aos rebeldes negros da Rodésia, que estavam prestes a conquistarem sua independência do domínio branco, criando o estado do Zimbabwe. "Africa Unite" também é uma música clássica deste álbum, que mistura assuntos da fé rastafári com a situação social dos africanos. "Survival" chegou a ser censurado pelo regime do Apartheid na África do Sul. 

Mas, por sua vez, África era o único continente em que o grupo ainda não se havia apresentado. Porém, em 1980, após terem se apresentado no início do ano no Gabão, Bob Marley e sua banda foram convidados a se apresentarem na cerimonia de independência do Zimbabwe. Bob Marley & The Wailers apresentaram-se em 18 e 19 de abril na festa de independência, em Harare, no Zimbabwe.

Em maio de 1980, foi lançado "Uprising", sucesso instantâneo no mundo inteiro com hits como "Could You Be Loved" e a comovente faixa de encerramento "Redemption Song". Os Wailers embarcaram na sua maior tournée europeia, arrasando quarteirões em todos os lugares em que passaram, incluindo o legendário show em Milão, Itália, com público estimado em 100 000 pessoas, recorde absoluto até então para qualquer banda do mundo. Bob Marley & the Wailers eram simplesmente a banda em tournée mais importante daquele ano e o álbum "Uprising" bateu todas as paradas de sucesso no continente europeu. Foi um período de máximo otimismo na carreira de Bob Marley.

A descoberta do cancro e a batalha contra a doença

Diagnóstico

Após a tournée europeia, com uma vasta agenda marcada, Bob Marley e a banda partiram para os Estados Unidos, quando fizeram dois shows no Madison Square Garden. Durante a segunda apresentação, Bob passou mal no palco e começou a ser averiguado o que se passava com o ídolo do reggae. Bob, embora com problemas de saúde, chegou a fazer ainda mais um show em Pittsburgh, no dia 23 de setembro de 1980 (último show de Bob Marley), mas logo o mundo recebeu a triste notícia de que o astro do reggae sofria de uma espécie de cancro de pele chamado melanoma lentiginoso acral, um dos vários tipos de melanoma, que se desenvolveu na unha do dedão do pé. 

Os médicos aconselharam-no a amputar o dedo, porém Marley recusou-se a fazê-lo devido à sua filosofia rastafári, de que o corpo é um templo que ninguém pode modificar (motivo pelos quais os rastas deixam crescer a barba e os dreadlocks). Ele também estava preocupado com o impacto da operação em sua dança; a amputação afetaria profundamente sua carreira no momento em que se encontrava no auge.

Colapso e tratamento

O cancro espalhou-se para o cérebro, o pulmão e o estômago. Ele lutou contra a doença durante oito meses buscando tratamento na clínica do Dr. Joseph Issels na Alemanha, no final de 1980 e início de 1981. Durante algum tempo, o estado de Marley parecia ter se estabilizado com o tratamento naturalista do médico alemão.

Morte

Em maio de 1981, quando o Dr. Joseph Issels anuncia que nada mais poderia ser feito, Bob Marley já abatido pela doença, resolveu retornar para sua casa na Jamaica para passar seus últimos dias junto à família e amigos. Ele não conseguiu completar a viagem, tendo que ser internado em um hospital de Miami. Faleceu pouco antes do meio-dia de 11 de maio de 1981, menos de 40 horas depois de deixar a Alemanha.

Reputação póstuma

A música, a mensagem e a lenda de Bob Marley ganharam mais e mais força desde a sua morte, dando-lhe um status mítico, similar ao de Elvis Presley e John Lennon. Marley é enormemente popular e bastante conhecido ao redor do mundo inteiro. É considerado o rei do reggae e é visto como uma das maiores vozes do povo pobre e oprimido, e um dos maiores defensores da paz, da liberdade e da igualdade social e de direitos.

Foi descrito por contemporâneos como a primeira celebridade do terceiro mundo.

Convicções políticas e religiosas

Bob Marley, embora criado em um ambiente católico romano, tornou-se em 1966 adepto do movimento político-religioso rastafári, que proclama Haile Selassie (imperador da Etiópia falecido em 1975) como a representação divina na Terra e que defende o retorno do homem negro pelo mundo para a África. Bob Marley, altamente influenciado pela filosofia rastafári, expressava espiritualidade e defendia a liberdade, paz, igualdade social e de direitos, o amor universal e a irmandade para toda humanidade nas suas músicas, fazendo com que o movimento rastafári fosse conhecido pelo mundo inteiro. 

Mortimer Planno foi um ancião rasta que deu-lhe ensinamentos sobre o movimento.
“ Se todos nos unirmos e dermos as mãos, quem sacará as armas? — Eu só tenho uma ambição: que a humanidade viva unida. Negros, brancos, orientais, todos juntos. — Eu não estou do lado dos negros nem dos brancos. Eu estou do lado de Deus, quem me fez vir do homem branco e do negro. ”

Marley foi um grande defensor da planta cannabis, usada por ele no sentido da comunhão. Na capa de Catch a Fire, ele é visto a fumar uma "ganza", e o uso espiritual da maconha, característico do movimento rastafári, é mencionado em muitas das suas músicas. No movimento rastafári, os dreadlocks representam a força espiritual, as raízes (assemelham-se, literalmente, a raízes) que unem o homem à África.

Em 4 de novembro de 1980, no entanto, Marley foi batizado na Igreja Ortodoxa Etíope pelo Abuna (Arcebispo) Yesehaq. O hierarca foi convencido pelo cometimento do cantor à fé, concedendo-lhe um funeral cristão ortodoxo depois de sua morte.

Controvérsia sobre o local do túmulo

Em janeiro de 2005 foi divulgado que Rita Marley estava a planear exumar os restos de Bob Marley e enterrá-los em Shashamane, Etiópia. Ao anunciar sua decisão, Rita afirmou que "toda a vida do Bob foi centrada em África, não na Jamaica". Os jamaicanos foram amplamente contra a proposta, e a comemoração do aniversário de Bob em 6 de fevereiro de 2005 foi celebrada em Shashamane pela primeira vez, pois, antes todas as outras haviam sido realizadas na Jamaica.

Prêmios e honrarias
Estrela de Marley na Calçada da Fama, em Hollywood

1976 — Banda do Ano (Rolling Stone)
Junho de 1978 — Premiado com a "Medalha de Paz do Terceiro Mundo" pelas Nações Unidas
Fevereiro de 1981 — Premiado com a mais alta condecoração jamaicana, a "Ordem ao Mérito"
1999 — Álbum do século (revista Time) por Exodus
Fevereiro de 2001 — Uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood
Fevereiro de 2001 — Premiado com um Grammy pelo "Conjunto da Obra"
2004: A Rolling Stone classificou-o # 11 em sua lista dos "100 Maiores Artistas de Todos os Tempos"
"One Love" chamada canção do milénio pela BBC
Votado como um dos maiores letristas de todos os tempos por uma sondagem da BBC

Discografia

Álbuns de estúdio

Álbum Banda Data de lançamento Gravadora

The Wailing Wailers The Wailers 1965 Studio One
Soul Rebels The Wailers Dezembro de 1970 Upsetter/Trojan
Soul Revolution The Wailers 1971 Upsetter/Trojan
Soul Revolution Part II The Wailers 1971 Upsetter/Trojan
The Best of The Wailers The Wailers Agosto de 1971 Beverley's
Catch a Fire The Wailers 13 de abril de 1973 Island/Tuff Gong
Burnin' The Wailers 19 de outubro de 1973 Island/Tuff Gong
Natty Dread Bob Marley & The Wailers 25 de outubro de 1974 Island/Tuff Gong
Rastaman Vibration Bob Marley & The Wailers 30 de abril de 1976 Island/Tuff Gong
Exodus Bob Marley & The Wailers 3 de junho de 1977 Island/Tuff Gong
Kaya Bob Marley & The Wailers 23 de março de 1978 Island/Tuff Gong
Survival Bob Marley & The Wailers 2 de outubro de 1979 Island/Tuff Gong
Uprising Bob Marley & The Wailers 10 de junho de 1980 Island/Tuff Gong
Confrontation Bob Marley & The Wailers 23 de maio de 1983 (póstumo) Island/Tuff Gong

Álbuns ao vivo

Álbum Data Gravadora

Live! 5 de dezembro de 1975 Island/Tuff Gong
Babylon by Bus 10 de novembro de 1978 Island/Tuff Gong
Talkin' Blues (gravado em 1973) 4 de fevereiro de 1991 Island/Tuff Gong
Live at the Roxy (gravado em 1976) 24 de junho de 2003 Island/Tuff Gong

Videografia

Rebel Music: The Bob Marley Story — documentário dirigido por Jeremy Marr, lançado em 2001 pela Universal Music.[16]
One Love: The Bob Marley All-Star Tribute — tributo de diversos artistas exibido originalmente pela TNT[17] e lançado em 1999 pela Palm Pictures.[18]
Legend — documentário e compilação de 23 canções com a banda The Wailers, lançada em 1979 pela Universal Music.[19]
Bob Marley Live At The Rainbow — espetáculo realizado no Teatro Rainbow em Londres no verão de 1977 e lançado em 2005 pela Universal Music.[20]
Marley — documentário-musical, dirigido por Kevin Macdonald, lançando em 2012 pela Magnolia Pictures.

VÍDEOS:
Bob Marley- Three Little Birds (With Lyrics!)

Bob Marley - No Women No Cry (Original)

Bob Marley - Stir It Up [Live 1973]

Bob Marley Greatest Hits (Full Album) Best Songs of Bob Marley (HQ)

Bob Marley and Billy Idol - "With a Rebel Yell, She Cried, 'Don't Give Up the Fight'"

FONTE: WIKIPEDIA

AUTOR: GUGUSONGS

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

BONEY M, BANDA DE MUITO SUCESSO NOS ANOS 70 E 80

Boney M é um grupo de disco' music e eurodisco que teve um grande sucesso durante os anos 70 e 80. Foi criado pelo produtor alemão Frank Farian em 1976, e era composto por quatro artistas das Índias Ocidentais que trabalhavam em Londres, na Alemanha e na Holanda (Marcia Barrett, Liz Mitchell, Maizie Williams e o ex-DJ Bobby Farrell).

História

Especula-se que, quando Frank Farian lançou pela primeira vez a canção Baby Do You Wanna Bump?, em 1974 com o nome de Boney M, a voz na gravação era a dele, e só quando a música virou um sucesso é que ele decidiu arranjar um grupo de dançarinos e um vocalista para inventar um "grupo". O nome "Boney" era de um personagem de uma série de TV na Austrália. O grupo evoluiu antes de ter os integrantes que conhecemos hoje: só Maizie Williams participou desde o princípio.

É até possível que o boato envolvendo a primeira gravação seja verdade, pois:

A música não tem uma letra de fato, só uma voz masculina repetindo periodicamente o título, ou palavras e letras separadas

é óbvio, quando se ouve, que o vocalista canta uma oitava abaixo de seu timbre verdadeiro

o côro de fundo é muito genérico

a autoria da música é creditada a Zambi e editada por Intro, diferente de qualquer outra música de Boney M

antes de cantar, Maizie Williams começou carreira como modelo

Rivers of Babylon se tornou o segundo maior sucesso de vendagem no Reino Unido em 1978, quando a música Brown girl in the Ring, que também compunha o disco, também se tornava sucesso nas rádios. Foi, na época, o único single além de Mull of Kintyre (gravada por Paul McCartney), a vender mais de dois milhões de cópias no Reino Unido.

Eles novamente conseguiram mais de 1 milhão de cópias vendidas no Reino Unido com sua versão de um clássico do calypso, Mary's Boychild (anteriormente gravada por Harry Belafonte).

Outros sucessos incluíram:

Daddy Cool (lançada em 1976 - chegou a vender 100 mil cópias semanais na Alemanha)

Sunny (de 1976 - no Brasil, Leo Jaime fez uma versão desta música, chamada Sonia)

a bem conhecida Ma Baker (de 1977)

Rivers of Babylon teve também uma versão (Rios da Babilônia) de sucesso no Brasil interpretada pela cantora Perla, muito popular na época.

Love for sale (1977)

Nightflight to Venus (1978)

Rasputin (de 1978)

Gotta Go Home (de 1979, ganhou versão techno do projeto Duck Sauce em 2010, chamada Barbra Streisand)

Hooray, hooray, It's a Holi-Holiday" (1979) - teve também uma versão (Férias de Amor) de sucesso no Brasil interpretada pela cantora Perla, muito popular na época

Painter Man (em homenagem a Andy Warhol)

Em 1986, dez anos após o lançamento de sua formação mais conhecida, o grupo já acumulava 18 discos de platina, 15 discos de ouro e cerca de 150 milhões de unidades vendidas pelo mundo. O grupo se desfez naquele ano, porém o sucesso de alguns remixes (como Daddy Cool - anniversary remix) continuou. Tentou-se recriar o grupo com nova formação, porém o sucesso continuou a ser o da formação original.

Entre o final dos anos 1980 e 1990 grupo dividiu-se e um veredicto de tribunal autorizou todos os quatro membros originais do grupo – as três cantoras e Bobby Farrell – a dar concertos com o nome “Boney M”.

Em Portugal, os Boney M. de Farrell actuaram em Agosto de 2007 no XXII Festival do Marisco de Olhão, em 2008 no Carnaval no Casino de Lisboa, e também na passagem de ano no Casino de Espinho.

Morte de Bobby Farrell

O cantor da banda de disco music Boney M., o holandês Bobby Farrell, morreu dia 30 de dezembro de 2010 em um quarto de hotel em São Petersburgo - Rússia aos 61 anos, onde estava para fazer shows, anunciou o empresário do artista, John Seine..

Seine não deu detalhes sobre as causas da morte do músico, que chegou a fazer uma apresentação na noite anterior e ia a viajar à Itália para realizar outra apresentação

VÍDEOS:


Boney M. - Ma Baker (Sopot Festival 1979) (VOD)

Boney M - Daddy Cool 1976 HQ

Boney M. - Rasputin

[Boney M] Rivers of Babylon (1978)

Boney M. - Sunny (1976)

Boney M. - Gotta Go Home (Long Version, 1979)

Boney M. - Hooray! Hooray! It's a Holi-Holiday (Sopot Festival 1979) (VOD)

FONTE: WIKIPÉDIA

AUTOR: GUGUSONGS

domingo, 25 de agosto de 2019

BILLY IDOL, SAIBA MAIS SOBRE ESSE GRANDE CANTOR BRITÂNICO

William Albert Michael Broad (Middlesex, 30 de novembro de 1955), mais conhecido por seu nome artístico Billy Idol, é um músico britânico.

Teve a ideia de se autodenominar Billy Idol. Começou a sua carreira levando para os concertos uma mala igual à dos desenhos animados dos quais era fã.

Início de vida

Idol nasceu em Stanmore, Middlesex, Inglaterra, como William Albert Michael Broad. O nome de Billy Idol foi inspirado pela descrição de um professor como "idle". Em uma entrevista em 21 de novembro de 1983, Idol também cita que o nome "foi uma brincadeira, mas também parte da velha escola inglesa de rock. Billy Fury e tudo isso. Foi uma 'coisa dupla' não apenas um puxão para pessoas tipo superestrelas. Foi tudo meio que — todo mundo estava fazendo isso também — foi divertido, sabe?" Ele continua a dizer que o nome "realmente nem sempre sai pela culatra, somente com as pessoas estúpidas que levam a sério".

Em 1958, quando Idol tinha dois anos, seus pais se mudaram para Patchogue, em Long Island, Nova Iorque, Estados Unidos. A família voltou para o Reino Unido, quatro anos depois com Idol e uma jovem criança, Jane (que havia nascido nos Estados Unidos), estabelecendo-se em Dorking, Surrey. Em 1971 a família se mudou para Bromley, sudeste de Londres, onde ele estudou na Ravensbourne School for Boys. Idol (em vez William Broad) também estudou na Worthing High School for Boys, em West Sussex. Em outubro de 1975, foi para a Universidade de Sussex, para conseguir uma graduação em língua inglesa e viver no campus (East Slope) mas saiu depois de um ano (1976). Ele então passou a participar do Contingente Bromley, fãs dos Sex Pistols, um grupo que viajou para a cidade quando a banda tocava.

Carreira

Iniciou sua carreira musical como integrante do Bromley Contingent, um grupo de seguidores do Sex Pistols, que incluía membros do The Clash e Siouxsie and the Banshees. Billy uniu-se a Tony James (que depois foi para o Sigue Sigue Sputnik e Sisters of Mercy), ambos faziam parte da primeira formação da lendária e famosa banda punk Chelsea, logo depois deixaram o Chelsea e formaram a banda Generation X, cujo nome veio de um livro sobre a Cultura Rock da Juventude dos Anos 60. O Generation X que além do próprio Idol na guitarra e vocal, trazia Tony James no baixo e John Towe na bateria, estourou em Londres em 1979.

Após três discos lançados, o grupo acaba em 1980 e já no ano seguinte, Billy Idol resolve investir em uma carreira solo. Mudou-se em definitivo para os Estados Unidos e ao lado do respeitadíssimo guitarrista Steve Stevens, lançou grandes hits como "Dancing With Myself", "Mony Mony", "White Wedding", "Rebel Yell", "Eyes Without a Face", "Flesh For Fantasy", "Sweet Sixteen", "Don't Need a Gun" e "Cradle Of Love".

Em 19 de janeiro de 1991, Billy Idol fez a sua primeira apresentação no Brasil, na segunda edição do Rock In Rio. No dia seguinte, ele fez outra apresentação no Festival, que foi decidida em cima da hora pela produção, para substituir Robert Plant (ex-Led Zeppelin), que tinha cancelado, na véspera, a sua apresentação. A jusificativa: a Guerra do Golfo. Mas, Idol não deixou a desejar e protagonizou, novamente, uma das melhores apresentações daquele festival.

O cantor permaneceu um longo tempo em silêncio na década de 90, onde lançou apenas o álbum "Cyberpunk". Em 2002, ele gravou o acústico “Storytellers” para o canal de televisão norte-americano VH-1 e em 2005 volta as paradas com o álbum Devil's Playground.

Em 2008 lançou o CD e DVD "The Very Best Of Billy Idol: Idolize Yourself". Uma coletânea dos principais sucessos e duas faixas novas, John Wayne e New Future Weapon.


Recentemente

Em 16 de fevereiro de 2010, Idol foi anunciado como um dos atos para cantar no Download Festival em Donington Park. Ele afirmou: Com todas essas grandes bandas pesadas e legais tocando no Download este ano, eu vou ter que vir armado com a minha atitude punk rock, Steve Stevens, e todas as minhas canções clássicas, mais um par de saída covers. deve ser divertido! Em março de 2010, Idol acrescentou Billy Morrison, [ex-baixista do The Cult, banda que abrira para o Billy idol em 87 e grandes amigos, o ex parceiro de banda de Billy idol, James Stevenson no Generation X, também foi guitarrista base no The Cult, Billy Idol e o The Cult já tocaram inúmeras vezes e compartilham integrantes] guitarrista do Camp Freddy e o baterista Jeremy Colson para sua turnê arranjo.

Atualmente, ele está gravando um álbum de material novo com o produtor Trevor Horn, e o ex-colega da banda Buggles de Horn, Geoff Downes.

A autobigrafia do cantor denominada “Dancing With Myself” foi lançado nos EUA e Europa no dia 7 de Outubro de 2014.

Em Novembro de 2017 foi convidado por Morrissey para abrir dois shows no Hollywood Bowl de sua turnê Low in High School.

A 15 de Novembro de 2018, após quase quatro décadas morando nos Estados Unidos, obteve enfim a cidadania norte-americana.

Discografia

Álbuns de estúdio
AnoTítulo U.S.UKCertificação RIAACertificação BPI
1982 Billy Idol 45 - - - - Ouro -
1983 Rebel Yell 6 36 2 40 16 2× Platina Prata
1986 Whiplash Smile 6 8 9 19 4 Platina Ouro
1990 Charmed Life 11 15 5 51 4 Platina Prata
1993 Cyberpunk 48 20 13 50 15 - -
2005 Devil's Playground 46 78 (+) 15 - 32 - -
2006 Happy Holidays - - - - - - -
2014 Kings and Queens of the Underground
Ao vivo
2002 VH1 Storytellers - - 14 - 76 - -
Compilações
1985 Vital Idol 10 7 8 - 24 Platina Platina
1988 Idol Songs: 11 of the Best - 2 14 - 6 - Platina
2001 Greatest Hits 74 171 (+) 12 - 30 Platina -
2008 The Very Best of Billy Idol: Idolize Yourself 37 - - - - -
EP
1981 Don't Stop 71 - - - - - -

VÍDEOS:

Billy Idol - Dancing With Myself (Official Music Video)

Billy Idol - "Mony Mony"

Billy Idol - White Wedding Pt 1 (Official Music Video)

Billy Idol - Rebel Yell (Official Music Video)

Billy Idol - Eyes Without A Face (Official Music Video)

Billy Idol - Flesh For Fantasy (Official Music Video)

Billy Idol - Sweet Sixteen (Official Video)

Billy Idol - Don't Need A Gun (Official Music Video)

Billy Idol - Cradle Of Love (Official Music Video)

FONTE: WIKIPÉDIA

AUTOR: GUGUSONGS

CHRIS ISAAK, SAIBA MAIS SOBRE ESSE ASTRO

Christopher Joseph Isaak, mais conhecido como Chris Isaak (Stockton, Califórnia, 26 de junho de 1956), é um cantor, compositor e ator estadunidense.

Ele é conhecido por seu estilo inspirado na música da década de 1950, bem como o seu crescente falsete e reverberação. Ele está intimamente associada com o diretor de cinema David Lynch, que usou suas canções em vários filmes e deu-lhe um grande papel no filme Twin Peaks: Fire Walk with Me.

Suas canções geralmente se focam nos temas de amor, perda e desgosto. Com uma carreira de quatro décadas, ele acumulou um total de doze álbuns de estúdio, e acumulou inúmeras indicações a prêmios e passeios.

Ele tem sido chamado de Roy Orbison da década de 1990, e muitas vezes também é comparado a Elvis Presley, Ricky Nelson e Duane Eddy.

Biografia

Em 1984, assinou contrato com a Warner Bros, e lançou o primeiro álbum, Silvertone. Em 1988, seu contrato foi renovado e foi transferido para a Reprise Records.

Sua canção mais conhecida, Wicked Game, foi lançada em 1989, no álbum Heart Shaped World. A canção, em versão instrumental, fez parte da trilha sonora do filme Coração Selvagem (Wild at Heart) de David Lynch. Também, em 2000, fez parte da trilha sonora do filme Um Homem de Família, (The Family Man), com Nicolas Cage e Téa Leoni.

O sucesso da música, foi graças a uma rádio americana que tocou a versão completa da canção, e rapidamente tornou presença constante nas paradas de sucesso.

O vídeo dessa canção foi dirigido pelo fotógrafo Bruce Weber. Gravado em preto e branco, Chris Isaak contracenou com a top model dinamarquesa Helena Christensen, onde ambos rolavam na areia da praia, se abraçavam e sussurravam um no ouvido do outro. O vídeo foi sucesso na MTV Americana e no canal a cabo VH1.

Em 1999, a música Baby Did A Bad, Bad Thing, fez parte da trilha sonora do filme De Olhos Bem Fechados, (Eyes Wide Shut), de Stanley Kubrick, estrelado por Tom Cruise e Nicole Kidman.

Em 2001, Chris Isaak estreou seu próprio seriado de TV, o The Chris Isaak Show, que ficou no ar entre 2001 e 2004 no canal de TV a cabo Showtime, nos Estados Unidos.

Sua primeira experiência como ator foi em 1988, com De Caso com a Máfia, de Jonathan Demme, tendo Michelle Pfeiffer como companheira nos sets.

No decorrer de sua carreira, Chris Isaak já lançou onze álbuns, doze singles e foi indicado duas vezes ao Grammy Awards.

Em 2004, a canção Life Will Go On, fez parte da trilha sonora do filme Curtindo a Liberdade, (Chasing Liberty), estrelado por Mandy Moore.

O trabalho mais recente de Isaak chama-se Mr. Lucky, lançado em Fevereiro de 2009.

A música Wicked Game foi regravada recentemente pela banda HIM e também pelo Corey Taylor, vocalista das bandas Stone Sour e Slipknot.


Discografia


Álbuns de estúdio
Silvertone (1985)
Chris Isaak (1987)
Heart Shaped World (1989)
San Francisco Days (1993)
Forever Blue (1995)
Baja Sessions (1996)
Speak of the Devil (1998)
Always Got Tonight (2001)
Christmas (2004)
Mr. Lucky (álbum) (2009)
Beyond the Sun (2011)
First Comes the Night (2015)Ao vivo
Live in Australia (2008)
Live at the Fillmore (2010)Coletâneas
Wicked Game (1990)
3 for One (2000)
Best of Chris Isaak (2006)

Filmografia

Soundstage: Chris Isaak Christmas (2004)
A Dirty Shame (2004)
Chris Isaak: Baja Sessions (2004)
Soundstage: Chris Isaak and Raul Malo (2003)
The Chris Isaak Show [TV Series] (2001)
Blue Ridge Fall (1999)
From the Earth to the Moon (1998)
Grace of My Heart (1996)
Friends: The One After the Superbowl, Part 1 (1996)
That Thing You Do! (1996)
The Larry Sanders Show: The P.A. (1995)
Little Buddha (1994)
Twin Peaks: Fire Walk with Me (1992)
The Silence of the Lambs (1991)
Saturday Night Live: Delta Burke (1991)
Chris Isaak: Wicked Game (1991)
Let's Get Lost (1988)
Married to the Mob (1988)

VÍDEOS:
Chris Isaak - Wicked Game(Official Video)

Chris Isaak - Baby Did a Bad Bad Thing

Chris Isaak - Life Will Go On
FONTE: WIKIPÉDIA

AUTOR: GUGU SONGS

R.E.M., SAIBA TUDO SOBRE ESSA BANDA

Peter Buck, Michael Stipe and Mike Mills of REM 
THE SUNDAY TIMES


R.E.M. foi uma banda de rock norte-americana formada em Athens, Geórgia, em 1980, pelo vocalista Michael Stipe, guitarrista Peter Buck, baixista Mike Mills e pelo baterista Bill Berry. Uma das primeiras bandas populares do rock alternativo, o R.E.M. ganhou atenção, em seus primórdios, devido aos arpejos de guitarra de Peter Buck e aos vocais de Stipe.

A banda lançou seu primeiro single, "Radio Free Europe", em 1981, pela gravadora independente Hib-Tone. Após este single, veio o EP Chronic Town, em 1982, o primeiro lançamento da banda pela I.R.S. Records; em 1983, o grupo lançou seu criticamente aclamado primeiro álbum de estúdio, Murmur, construindo sua reputação nos anos seguintes através de novos lançamentos, turnês constantes e apoio de rádios estudantis.

Após anos de sucesso underground, o R.E.M. atingiu o mainstream com o single "The One I Love", de 1987, assinando com a Warner Bros. Records em 1988, dando sinais de preocupação política e ambiental, enquanto tocavam em grandes arenas ao redor do mundo.

No começo dos anos 1990, quando o rock alternativo começou a experimentar algum sucesso no mainstream, o R.E.M. foi visto como pioneiro no gênero, lançando os seus dois mais bem-sucedidos álbuns, Out of Time (1991) e Automatic for the People (1992), que desviaram do som tradicional da banda. 


Monster, de 1994, marcou um retorno ao som mais roqueiro da banda, que saiu em turnê pela primeira vez em seis anos para promove-lo, turnê que ficou marcada por emergências médicas sofridas pelos três membros do grupo.

Em 1996, o R.E.M. assinou um novo contrato com a Warner Bros., especulado em 80 milhões de dólares — à época, o contrato de gravação mais caro da história. No ano seguinte, Bill Berry deixou a banda, enquanto Buck, Mills e Stipe continuaram o grupo como um trio. Após algumas mudanças em seu estilo musical, a banda continuou sua carreira na década seguinte com críticas mistas e sucesso comercial, sendo, em 2007, induzida ao Hall da Fama do Rock and Roll.

A música "Turn You Inside Out", do álbum Green, entrou para o grupo de músicas do famoso jogo de ação Grand Theft Auto IV, lançado em 2008 pela Rockstar Games.

Em 21 de setembro de 2011, foi anunciado o fim oficial da banda através de uma nota no site do grupo.

História

1980: Formação

Em janeiro de 1980, Michael Stipe conheceu Peter Buck na Wuxtry Records, a loja de discos de Athens em que Buck trabalhava. Os dois descobriram que eles compartilhavam gostos musicais parecidos, principalmente em punk rock e artistas protopunks como Patti Smith, Television e Velvet Underground. Stipe afirmou: “Acontece que eu estava comprando todos os discos que ele [Buck] estava guardando para ele mesmo”. Através da amiga em comum, Kathleen O’Brien, Stipe e Buck então conheceram Mike Mills e Bill Berry, que eram colegas na Universidade da Geórgia,[4] tocavam juntos desde o colégio e moravam juntos na Geórgia. Os quatro se juntaram para compor algumas músicas; posteriormente, Stipe comentou que “nunca houve nenhum grande plano por trás de nada daquilo”. Ainda sem um nome, a banda passou alguns poucos meses ensaiando em uma igreja episcopal desativada em Athens.

No dia 5 de abril de 1980, a banda fez seu primeiro show para a festa de aniversário da amiga Kathleen O'Brien, realizada na mesma igreja em que ensaiavam, apresentando uma mistura de músicas originais e covers dos anos 60 e 70.. A partir daí, começaram a tocar em bares, restaurantes e festas no sudeste dos Estados Unidos.

Após considerar nomes como Twisted Kites, Cans of Piss e Negro Eyes, a banda acabou optando por "R.E.M.", que deriva de: Rapid Eye Movement (Movimento Rápido dos Olhos, o estágio do sono no qual ocorrem os sonhos), o qual Stipe selecionou aleatoriamente em um dicionário.

Os membros da banda acabaram saindo da escola para focar no desenvolvimento do grupo. 


Jefferson Holt, um balconista de loja de discos, ficou tão impressionado com a performance do R.E.M. em sua cidade, que se mudou para Athens para empresariá-los. O sucesso do R.E.M. foi quase imediato em Athens e nos arredores; a banda atraiu multidões cada vez maiores para os seus shows, o que causou um certo ressentimento na cena musical da cidade. No próximo ano e meio, o R.E.M. excursionou por todo o sul dos Estados Unidos. A turnê foi árdua porque o circuito da bandas de rock alternativo ainda não existia. O grupo viajou em uma velha van azul dirigida por Holt e viveu com uma cota de 2 dólares de comida por dia.

1981-1986: Primeiros trabalhos

Durante o mês de abril de 1981, o R.E.M. gravou seu primeiro single, “Radio Free Europe”, no estúdio do produtor Mitch Easters, Drive-In Studios, em Winstom-Salem, Carolina do Norte. Inicialmente distribuindo-o como uma fita demo de quatro faixas em clubes, gravadoras e revistas, o single foi lançado em julho pelo selo independente Hib-Tone, com uma prensagem inicial de 1.000 cópias - 600 das quais foram enviadas como cópias promocionais. O single se esgotou rapidamente e outras 6.000 cópias foram produzidas por conta da alta demanda, mesmo com a gravadora cometendo o erro de omitir os contatos no rótulo do álbum. Apesar da prensagem limitada, o single foi aclamado pela crítica e foi listado como um dos dez melhores singles do ano pelo jornal The New York Times

O R.E.M. gravou o EP “Chronic Town” com Micth Easter em outubro de 1981 e planejava lançá-lo por um novo selo indie chamado Dasht Hopes. No entanto, a I.R.S. Records adquiriu uma demo da primeira sessão de gravação da banda com Easter que circulava há meses. A banda recusou as propostas da major RCA Records em favor da I.R.S. Em maio de 1982, o R.E.M. assina o contrato com o selo I.R.S., onde lançam, em agosto, o EP "Chronic Town", que teve uma ótima aceitação pelas rádios universitárias da época. Uma crítica positiva do EP feito pela revista NME elogiou a aura de mistério das canções e concluiu: “o R.E.M. soa verdadeiro, e é ótimo escutar algo tão espontâneo e astuto como isso.”

A I.R.S. juntou o R.E.M. com o produtor Stephen Hague para gravar seu álbum de estreia. A ênfase de Hague na perfeição técnica deixou a banda insatisfeita e o membros pediram ao selo para deixá-los com Easter. A gravadora concordou com uma “sessão de teste”, permitindo a banda retornar para a Carolina do Norte e gravar a música “Pilgrimage” com Easter e seu parceiro de produção Don Dixon. Após ouvir a faixa, a I.R.S. consentiu que o grupo gravasse o álbum com Dixon e Easter. Por causa de sua experiência ruim com Hague, a banda gravou o álbum através de um processo de negação, recusando-se a incorporar clichês de rock como solos de guitarra ou os então populares sintetizadores, a fim de dar a sua música uma sensação atemporal. O álbum completo, Murmur, foi recebido com aclamação da crítica após o seu lançamento em 1983 e ganhou o status de álbum do ano, batendo bandas já consagradas como U2, que tinha lançado o álbum War e também Michael Jackson com Thriller, o disco mais vendido da história.[carece de fontes] O álbum alcançou o número 36 da parada de álbuns da Billboard


A aceitação do R.E.M. foi tão grande, que pela primeira vez fizeram um show fora dos Estados Unidos. Uma versão regravada de “Radio Free Europe” foi o single principal e alcançou o número 78 da parada de singles da Billboard em 1983. 

Apesar da aclamação da crítica, Murmur vendeu apenas 200.000 cópias, abaixo das expectativas da gravadora.
Michael Stipe (esquerda) e Peter Buck (direita) em um show em Gante, na Bélgica, durante uma turnê do R.E.M. em 1985.

O R.E.M. fez sua primeira aparição na televisão em rede nacional no programa Late Night with David Letterman em outubro de 1983,durante o qual o grupo apresentou uma música nova, ainda sem nome. A canção, posteriormente intitulada “So. Central Rain (I’m Sorry)” se tornou o primeiro single do segundo álbum da banda. Entusiasmados com o sucesso do primeiro álbum, em 1984, com apenas onze dias de estúdio,[carece de fontes] eles gravam o segundo, Reckoning, o qual também foi gravado com Easter e Dixon. O álbum foi aclamado pela crítica; Mat Snow da revista NME escreveu que Reckoning “confirma o R.E.M. como um dos grupos mais empolgantes do planeta”.Enquanto Reckoning atingia o 27º lugar nas paradas americanas - uma posição atipicamente alta para uma banda de college rock naquela época - a baixa exposição nas rádios e a distribuição ruim no exterior acabaram por fazer que o álbum nunca ultrapassasse o 91º lugar nas paradas britânicas.

O terceiro álbum da banda, Fables of the Reconstruction (1985), demonstrou uma mudança de direção. Ao invés de Dixon e Easter, dessa vez a banda escolheu o produtor Joe Boyd, que havia trabalhado com o Fairport Convention e Nick Drake, para gravar o álbum na Inglaterra. Os membros da banda acharam as sessões de gravação surpreendentemente difíceis e sofreram com o clima frio de inverno e com aquilo que eles consideraram uma comida ruim; a situação levou a banda à beira do rompimento. A tristeza em torno das sessões acabou entrando no contexto da temática do álbum. Nas letras, Stipe começou a criar histórias da maneira da mitologia sulista americana, afirmando em uma entrevista de 1985 que ele foi inspirado por “toda a ideia dos velhos homens sentados ao redor da fogueira, passando adiante as lendas e fábulas para os netos”.

Eles excursionaram no Canadá entre julho e agosto de 1985 e na Europa em outubro daquele ano, incluindo os Países Baixos, Inglaterra, Irlanda, Escócia, França, Suíça, Bélgica e Alemanha Ocidental. Em 2 de outubro de 1985, o grupo fez um concerto em Bochum, Alemanha Ocidental, para o programa de TV alemão Rockpalast. Stipe descoloriu seu cabelo neste período.

Fables of the Reconstruction teve um desempenho fraco na Europa e a recepção da crítica foi morna, com alguns críticos se referindo ao álbum como enfadonho e mal gravado. Assim como os discos anteriores, os singles de Fable of the Reconstruction foram praticamente ignorados pelas grandes rádios. Enquanto isso, a I.R.S. foi se frustrando com a relutância da banda em alcançar o sucesso no mainstream.

Para o seu quarto álbum, o R.E.M. recrutou o produtor de John Mellencamp, Don Gehman. Em 1986, a banda lança Lifes Rich Pageant, outro grande sucesso alternativo. O disco apresentou os vocais de Stipe mais próximos da vanguarda da música. Em uma entrevista em 1986 para o jornal Chicago Tribune, Peter Buck relatou: “Michael está ficando melhor no que faz e está ficando mais confiante. Eu acho que isso é perceptível na projeção da sua voz.”. 


As vendas do álbum melhoraram bastante em relação ao anterior e alcançou o número 21 das paradas de álbuns da Billboard. O single “Fall on Me” também ganhou algum apoio em rádios comerciais. A banda conseguiu seu primeiro disco de ouro por vender 500.000 cópias e o hit "Fall on Me" figurou no Top 10 dos Estados Unidos, fato inédito para o grupo. Enquanto as rádios universitárias americanas continuaram a ser o principal apoio do R.E.M., a banda começou a emplacar hits nas rádios de rock mainstream. 

Contudo, a música ainda encontrou resistência das rádios de música contemporânea. No ano seguinte, após o sucesso de Lifes Rich Pageant, a I.R.S. lança um álbum intitulado de Dead Letter Office, contendo Lados B e as faixas do "Chronic Town". Logo após, a I.R.S. compilou o catálogo de videoclipes da banda (com exceção de “Wolves, Lower”) no primeiro lançamento em vídeo da banda, Succumbs.

1987-1990: Inovação

Don Gehman não pôde produzir o quinto álbum do R.E.M., sugerindo ao grupo trabalhar com Scott Litt,[44] o qual seria o produtor dos próximos cinco álbuns da banda. Em 1987, a banda lança seu quinto álbum de trabalho, Document, com sons barulhentos e letras mais abertamente políticas de Stipe, principalmente “Welcome to the Occupation” e “Exhuming McCarthy”, que foram reações ao ambiente político conservador da década de 1980 nos Estados Unidos, sob a presidência de Ronald Reagan


Jon Pareles, do jornal The New York Times escreveu em sua análise do álbum: “Document é tanto confiante como desafiador; se o R.E.M. está prestes a passar do status de banda culta para popular, o álbum decreta que a banda chegará lá em seus próprios termos”. Document foi o álbum revolucionário do R.E.M. e o primeiro single, a música "The One I Love" leva o R.E.M. ao estrelato, figura entre os Top 20 nos Estados Unidos, Reino Unido e Canadá e o álbum leva disco de platina. Em janeiro de 1988, Document se tornou o primeiro álbum da banda a vender um milhão de cópias. À luz da inovação da banda, a capa de dezembro de 1987 da revista Rolling Stone elegeu o R.E.M. a “Melhor Banda de Rock & Roll dos Estados Unidos”.

Frustrados com a distribuição insatisfatória do disco no exterior, a banda desligou-se da I.R.S. quando o contrato expirou e assinou com a gigante Warner Bros. Records. Apesar de outros selos terem oferecido mais dinheiro, o R.E.M. acabou selando o contrato com a Warner - supostamente por uma quantia entre 6 e 12 milhões de dólares - devido à garantia da empresa de total liberdade criativa. Logo após a partida do grupo, a I.R.S. lançou uma compilação intitulada Eponymous em 1988 para capitalizar em ativos que a empresa ainda possuía. 


O álbum de estreia da banda na Warner Bros., Green, foi gravado em Nashville, Tennessee, e mostrou o grupo experimentando com seu som. As faixas do disco variavam da otimista “Stand”, primeiro single do álbum, ao material mais político, como “Orange Crush” e “World Leader Pretender”, as quais abordavam a Guerra do Vietnã e a Guerra Fria, respectivamente. Green chegou a vender quatro milhões de cópias no mundo todo. A banda divulgou o álbum com a maior e mais visualmente projetada turnê até então, incluindo retroprojeções e filmes de arte reproduzidos no palco. A Green World Tour durou onze meses.

Depois da correria com a turnê, os integrantes, exaustos, decidiram fazer uma pausa no ano seguinte, a primeira pausa prolongada na carreira da banda.. Bill Berry foi pescar na sua fazenda, Mike Mills dedicou-se a projetos paralelos, Stipe foi cuidar de sua produtora de vídeo (C-Hundred Film Corporation) e Peter Buck continuou a fazer nada como sempre.[carece de fontes] Em 1990, a Warner Bros. lançou a compilação de videoclipes Pop Screen, com vídeos derivados dos álbuns Document e Green, seguido, alguns meses depois, do álbum de vídeos Tourfilm, contendo performances ao vivo gravadas durante a turnê mundial de Green.

1990-1993: Anos sem turnê e sucesso internacional

Após três anos sem lançar nada e, principalmente, sem a pressão da gravadora, o quarteto volta a se reunir em meados de 1990 para gravar seu sétimo álbum, Out of Time. Se afastando de Green, os membros da banda frequentemente escreviam a música com instrumentos não tradicionais de rock, como o bandolim, órgão e violão, ao invés de adicioná-los como overdubs posteriormente no processo criativo.. Os hits "Losing My Religion" e "Shiny Happy People", deram a banda três Grammy Awards e seis MTV Video Music Awards. Créditos para a participação de Kate Pierson, uma das vocalistas do B-52's, nas músicas "Me In Honey" e "Shiny Happy People". 


Lançado em março de 1991, Out of Timefoi o primeiro álbum da banda a alcançar o topo das paradas tanto nos Estados Unidos como no Reino Unido. O disco acabaria vendendo 4,2 milhões de cópias somente nos Estados Unidos e aproximadamente 12 milhões de cópias no mundo todo até 1996. O principal single do álbum, “Losing My Religion”, se tornou um hit mundial que tocou muito nas rádios, assim como o seu videoclipe na MTV e na VH1.[59] “Losing My Religion” foi o single mais bem sucedido do R.E.M. nos Estados Unidos, alcançando o quarto lugar da Billboard. “Houve pouquíssimos eventos de mudança de vida em nossa carreira, porque nossa carreira fora bem gradual”, Mills disse anos depois. 

“Se você quiser falar sobre mudança de vida, eu acho que “Losing My Religion” é o mais próximo que se pode chegar”. O segundo single do álbum, “Shiny Happy People”, também foi um grande hit, alcançando a 10ª posição nas paradas americanas e 6ª nas do Reino Unido. Out of Time trouxe sete indicações para o R.E.M. no Grammy Awards de 1992, o maior número de indicações entre todos os artistas daquele ano. A banda ganhou em três categorias: Melhor Álbum de Música Alternativa, Melhor Curta de Videoclipe (“Losing My Religion”) e Melhor Performance Pop por um Duo ou Grupo com Vocal (“Losing My Religion”). 

O R.E.M. não fez uma turnê de divulgação para Out of Time; ao invés disso, a convite da MTV a banda gravou um Acústico, com várias músicas de sucesso e outras desconhecidas até então. A gravação de “Losing My Religion” para o MTV Unplugged foi feita com os membros da Orquestra Sinfônica de Atlanta em Madison, Geórgia, no Madison-Morgan Cultural Center. Esse acústico não chegou a ser lançado em álbum mas mostrou a versatilidade dos músicos. 

Ficou provado, definitivamente, que eles eram excelentes músicos. Para muitos no Brasil era a primeira vez em que se ouvia falar no R.E.M. (fora do circuito underground) e o sucesso da banda foi uma das primeiras revitalizações do rock nos anos 90, antes da revolução de Seattle.

Vale lembrar que o R.E.M. foi uma espécie de alavanca da onda grunge. Sem R.E.M. não sabemos se a revolução de Seattle teria feito tanto sucesso.

Após alguns meses de folga, o R.E.M. retornou ao estúdio em 1991 para gravar seu próximo álbum. Em 1992 a crítica duvidava que a banda iria conseguir manter a qualidade das músicas nos álbuns seguintes até que o oitavo álbum, Automatic for the People, foi lançado. Embora o grupo tivesse a intenção de fazer um álbum mais pesado depois das texturas mais suaves de Out of Time, o sombrio Automatic for the People “[parecia] se mover para um rastejamento mais agonizante”, de acordo com a revista Melody Maker


O álbum tratou de temas como perda e luto inspirado por “essa sensação de…fazer trinta anos”, de acordo com Buck. Algumas músicas incluíam arranjos de cordas feito pelo ex-baixista do Led Zeppelin, John Paul Jones. O disco possui hits consagrados como "Man on the Moon" (dedicado ao humorista Andy Kaufman), "Everybody Hurts", "Drive", "Find the River", entre outros. Considerado por um bom número de críticos (assim como por Buck e Mills) como o melhor álbum da banda, Automatic for the People alcançou a 1ª e 2ª posições nas paradas britânicas e americanas, respectivamente 

O álbum vendeu aproximadamente 15 milhões de cópia no mundo todo. Assim como Out of Time, não houve turnê para divulgação do álbum. A decisão de não fazer uma turnê junto com a aparência física de Stipe na época, gerou rumores de que o cantor estava morrendo ou que era portador de HIV, o que foi veementemente negado pela banda.

1994-1996: Os álbuns Monster e New Adventures in Hi-Fi

Após a banda lançar dois álbuns mais lentos consecutivos, o nono álbum surge em 1994, cheio de sons pesados e guitarras distorcidas. Monster é dedicado ao ator e amigo River Phoenix, que morrera naquele ano e uma faixa, "Let Me In", ao músico, cantor e amigo Kurt Cobain, que também se fora. Em contraste com o som de seus predecessores, a música de Monster consistia em tons de guitarra distorcida, poucos overdubs e toques de glam rock do anos 70. 


Assim como Out of Time, Monster alcançou o topo das paradas tanto nos Estados Unidos como no Reino Unido. O disco vendeu por volta de 9 milhões de cópia no mundo todo. Os singles “What’s the Frequency, Kenneth?” e “Bang and Blame” foram os últimos hits da banda a figurarem no Top 40 americano, apesar de todos os singles de Monster alcançarem o Top 30 nas paradas britânicas. A Warner Bros. compilou os videoclipes do álbum, assim como os de Automatic for the People, para lançá-los na coletânea Parallel em 1995.

A banda inicia a maior turnê feita até hoje por eles, a Monster World Tour, a primeira após seis anos. A turnê foi um grande sucesso comercial, mas o período foi de dificuldade para o grupo. Michael Stipe teve de ser operado para a retirada de uma hérnia, Mike Mills entrou no centro cirúrgico para remover uma aderência intestinal, e o mais grave, durante um show, Bill Berry desmaiou sobre a bateria devido a um aneurisma cerebral e teve de ser operado às pressas.

Apesar de todos os problemas, o grupo gravou boa parte do novo álbum enquanto estavam na estrada. A banda levou um gravador de oito faixas para capturar seus shows e usaram as gravações como elementos base para o álbum. A três últimas apresentações da turnê foram filmadas na Omni Coliseum, em Atlanta, e foram lançadas em VHS em Road Movie.

Em 1996, o R.E.M. renova com a Warner Bros. por um valor estimado de US$ 80 milhões, tratado pela mídia como um dos maiores contratos da indústria fonográfica até aquele momento. Lançam seu décimo álbum, que pela primeira vez não foi gravado inteiramente em estúdio. New Adventures in Hi-Fi contém, em sua maior parte, músicas inéditas gravadas em passagens de sons da turnê anterior. Destaque para "Leave", "E-Bow the Letter" e "The Wake-Up Bomb". 


New Adventures in Hi-Fi, estreou no 2º lugar nas paradas americanas e em 1º nas paradas britânicas. Os cinco milhões de álbuns vendidos foram uma inversão das fortunas comerciais obtidas pelo grupo nos cinco anos anteriores.O escritor da revista Time, Christopher John Farley, argumentou que as vendas menores do álbum eram reflexo do declínio do poder comercial do rock alternativo como um todo.Naquele mesmo ano, o R.E.M. rompeu com seu empresário Jefferson Holt, supostamente devido a acusações de assédio sexual feitas por um membro do escritório da banda em Athens. O advogado do grupo, Bertis Downs, assumiu as funções em seu lugar.

1997-2000: A saída de Bill Berry e o álbum Up

Em abril de 1997, a banda se reuniu na casa de férias de Buck em Kauai para gravar demos do material destinado ao próximo álbum. A banda buscou reinventar seu som e pretendiam incorporar loops de bateria e experimentos com percussão. Quando as sessões de gravação estavam prestes a começar em outubro, Berry decidiu, após meses de reflexão e discussão com Downs e Mills, contar para o resto da banda que ele estava saindo. Berry disse aos seus companheiros que ele não sairia caso isso resultasse no fim da banda, então Stipe, Buck e Mills concordaram em prosseguir como um trio, com sua benção. 


No primeiro dia de gravação do álbum seguinte, em 30 de outubro de 1997, Bill Berry, junto com a banda, dá uma entrevista dizendo que amigavelmente deixava o grupo. Ele declarou que queria apenas viver com sua família numa fazenda, para descansar, pois tocava bateria desde os 9 anos de idade e queria fazer outra coisa além daquilo, que perdera o encanto. Berry disse à imprensa: “Eu apenas não estou tão empolgado como antes em continuar fazendo isso…Eu tenho o melhor trabalho do mundo. Mas estou meio que pronto para sentar e refletir e talvez não ser mais um pop star”. 

Os outros três integrantes resolvem continuar com a banda, sem substituir Berry. Stipe confirmou que a banda seria diferente sem um de seus grandes contribuidores: “Para mim, Mike e Peter, como o R.E.M, continuaremos sendo o R.E.M.? Eu acho que um cachorro de três patas continua sendo um cachorro. É tudo questão de aprendermos a funcionar de forma diferente”.

A banda cancelou as sessões de gravação que estavam programadas por causa da saída de Berry. “Sem Bill foi diferente, confuso”, Mills disse depois. “Nós não podíamos ensaiar sem um baterista”." Os membros remanescentes do R.E.M. retomaram a gravação do álbum em fevereiro de 1998, na Toast Studios, em São Francisco


A banda terminou sua parceria de uma década com Scott Litt e contratou Pat McCarthy para produzir o disco. Nigel Godrich foi contratado como assistente de produção e escalaram o baterista do Screaming Trees, Barrett Martin, e o baterista de turnê de Beck, Joey Waronker. O processo de gravação foi atribulado e o grupo chegou próximo de romper. Bertis Downs convocou uma reunião de emergência onde os membros da banda resolveram seus problemas e concordaram em prosseguir.

O décimo primeiro álbum, Up, é lançado em 1998. Apesar do título, é um trabalho bem depressivo. Michael Stipe diz que é o álbum onde conseguiu expressar profunda tristeza em suas letras, uma delas em especial, "Sad Professor". Ainda sobre a saída de Bill Berry, Stipe diz que ele fez o que queria, e que não houve nenhuma pressão para que ficasse ou que saísse. 


Eles respeitaram a decisão do amigo, que já não gostava mais da fama, de ser fotografado ou de sair em turnê. A banda, inicialmente, decidiu não fazer turnê, mas após algum tempo realizou alguns shows pela Europa, com alguns bateristas se revezando em sua banda de apoio.[carece de fontes] Liderado pelo single “Daysleeper”, Up estreou entre os Top 10 dos Estados Unidos e Reino Unido. Contudo, o álbum foi um relativo fracasso, tendo vendido 900.000 cópias nos Estados Unidos até meados de 1999 e vendendo, aproximadamente, pouco mais de 2 milhões de cópias no mundo todo. Enquanto as vendas do R.E.M. nos Estados Unidos diminuía, a base comercial do grupo estava se voltando para o Reino Unido, onde mais discos do R.E.M. foram vendidos per capita do que qualquer outro país e onde os singles da banda entraram regularmente nos Top 20.

Um ano após o lançamento de Up, o R.E.M. compôs a trilha sonora instrumental para o filme biográfico do comediante Andy Kaufman, Man on the Moon, algo inédito para a banda. O título do filme foi tirado da música de mesmo nome do álbum Automatic for the People. A música “The Great Beyond” foi lançada como single do álbum da trilha sonora de Man on the Moon. O single alcançou apenas a 57ª posição da parada pop americana, mas foi o mais bem colocado single da história da banda no Reino Unido, atingindo o 3º lugar em 2000.

Ainda em 1999, Bill Berry andou retomando as baquetas para um concerto beneficente que reuniu diversos artistas em favor de uma fundação que cuida de doentes da Síndrome de Pierrete, mas nada que o reconduzisse ao R.E.M. novamente. Stipe meteu-se na produção de um filme sobre o glam rock, chamado Velvet Goldmine, que contaria a história das principais figuras do gênero: David Bowie, Iggy Pop, Lou Reed, Marc Bolan. O R.E.M. apareceu no último Saturday Night Live de 1999 como banda convidada, rendendo a Stipe uma participação como fada madrinha do personagem Mango (de Chris Kattan).

2000-2007: Os álbuns Reveal e Around the Sun

O R.E.M. gravou a maior parte de seu 12º álbum, Reveal, no Canadá e na Irlanda, de maio à outubro de 2000. Reveal compartilhava o “ritmo lúgubre” de Up e contou com a bateria de Joey Waronker, assim como contribuições de Scott McCaughey (um dos co-fundadores da banda The Minus 5, junto com Buck) e de Ken Stringfellow (fundador da banda The Posies). Em 2001, o R.E.M. lança Reveal


O álbum possui belos arranjos de teclados eletrônicos com letras inspiradíssimas, reforçando o talento de Stipe, considerado um dos melhores letristas de sua geração. O primeiro compacto e grande hit do álbum é "Imitation of Life", onde o R.E.M. faz uma volta ao passado e recorda um pouco a onda pop vivida em 1991 com "Shiny Happy People". Outros destaques ficam por conta de "The Lifting", "All the Way to Reno (You're Gonna Be a Star)", "She Just Wants To Be" e "I'll Take the Rain", onde eles continuaram mostrando que são mestres na arte de videoclipe.[carece de fontes] As vendas globais do álbum superaram 4 milhões de cópias, mas nos Estados Unidos vendeu aproximadamente o mesmo número de cópias de Up. 

O álbum foi liderado pelo single “Imitation of Life”, o qual alcançou a 6ª posição nas paradas britânicas. Escrevendo para a Rock’s Backpages, The Rev. Al Friston descreveu o álbum como “carregado com beleza dourada a cada torção e volta”, em comparação com o “trabalho pouco convincente da banda em New Adventures in Hi-Fi e Up”. Igualmente, Rob Sheffield da revista Rolling Stone, considerou Reveal “uma renovação espiritual enraizada em uma renovação musical” e elogiou sua “incessante e surpreendente beleza”.

No mesmo ano, a banda faz seu primeiro show no Brasil, na terceira edição do Rock in Rio. O grupo foi um dos destaques e Michael Stipe foi eleito a personalidade mais popular e simpática do festival. Logo após o lançamento de Reveal, a MTV americana convidou a banda para gravar um novo acústico. O agora trio, mais experiente do que antes, faz uma excelente apresentação. Michael Stipe mais uma vez deu um show nos vocais, onde mostrou ter muita facilidade para fazer o que deseja com sua voz e para modificar as músicas do jeito que mais lhe agrada. Até agora a banda não se pronunciou se irá lançar em cd o acústico.

Em 2003, a Warner Bros. lançou a coletânea In Time: The Best of R.E.M. 1988-2003 e o DVD In View: The Best of R.E.M. 1988-2003, que continham duas músicas novas: “Bad Day” e “Animal”. Em uma apresentação em 2003, na cidade de Raleigh, Carolina do Norte, Berry fez uma participação surpresa, fazendo os backing vocals de “Radio Free Europe”. Logo após, ele foi para a bateria para uma apresentação de “Permanent Vacation”, sendo essa sua primeira performance com a banda desde a aposentadoria.

Em 2004 foi lançado o álbum intitulado Around the Sun. Com letras politizadas, refletindo a tensão que os Estados Unidos viviam por conta das eleições presidenciais, e sonoridade mais acústica (a despeito de alguns elementos eletrônicos). Durante a produção do álbum em 2002, Stipe afirmou: “[O álbum] soa como se estivesse decolando do último par de discos para um território inexplorado. Primitivo e barulhento”. Após o lançamento do álbum, Mills disse: “Eu acho, honestamente, que acabou ficando um pouco mais lento do que nós pretendemos, apenas em termos da velocidade geral das músicas”. 


Around the Sun recebeu uma crítica moderada e alcançou o 13º lugar na Billboard. O primeiro single do álbum, “Leaving New York”, ficou em 5º nas paradas britânicas. Para o álbum e a turnê subsequente, a banda contratou um novo baterista de turnê em tempo integral, Bill Rieflin, que anteriormente havia sido membro de vários outras bandas como Ministry e Pigface. O vídeo-álbum Perfect Square foi lançado naquele mesmo ano.

A EMI lançou em 2006 uma compilação cobrindo a obra do R.E.M. durante sua permanência na I.R.S., chamado And I Feel Fine… The Best of the I.R.S. Years 1982-1987, junto com o vídeo-álbum When the Light Is Mine: The Best of the I.R.S. Years 1982-1987 - anteriormente o selo havia lançado as coletâneas The Best of R.E.M. (1991), R.E.M.: Singles Collected (1994) e R.E.M.: In the Attic - Alternative Recordings 1985-1989 (1997). Naquele mesmo mês, todos os quatro membros originais da banda se apresentaram durante a cerimônia de sua entrada no Georgia Music Hall of Fame. 


Enquanto ensaiavam para a cerimônia, a banda gravou uma cover da música “#9 Dream”, de John Lennon, para Instant Karma: The Amnesty International Campaign to Save Darfur, um álbum tributo em benefício à Anistia Internacional. A música - lançada como um single para o álbum e para a campanha - continha a primeira gravação de Bill Berry em estúdio com a banda desde sua saída quase dez anos antes.

Em outubro de 2006, o R.E.M. foi indicado para entrar no Halll da Fama do Rock and Roll, logo em seu primeiro ano de elegibilidade. A banda foi uma das cinco indicadas que foram aceitas no Hall naquele ano e a cerimônia de inclusão foi realizada em março de 2007, no Waldorf-Astoria Hotel, em Nova Iorque. O grupo - que foi incluído pelo vocalista do Pearl Jam, Eddie Vedder, apresentou três músicas com Bill Berry: “Gardening at Night”, “Man on the Moon” e “Begin the Begin”, assim como uma cover de “I Wanna Be Your Dog”.

2007-2011: Os álbuns Accelerate e Collapse into Now
Disco de vinil de Accelerate.

O trabalho no décimo quarto álbum da banda começou no início de 2007. A banda gravou com o produtor Jacknife Lee em Vancouver e Dublin, onde tocaram por cinco noites no Olympia Theatre, entre 30 de junho e 5 de julho, como parte de um “ensaio de trabalho”.R.E.M. Live, o primeiro álbum ao vivo da banda (contendo músicas de um show em Dublin, em 2005), foi lançado em outubro de 2007. Em 2008, a banda lança o álbum Accelerate. Além de resgatar elementos clássicos da banda, traz elementos de um rock mais "pesado", com presença marcante da guitarra e bateria, além do ótimo acompanhamento no contra-baixo. 


O álbum estreou no 2º lugar da Billboard. e se tornou o oitavo álbum da banda a alcançar o topo da parada britânica. O crítico David Fricke da revista Rolling Stone considerou o álbum como um avanço em relação aos álbuns anteriores da banda pós Bill Berry, considerando-o “um dos melhores discos que o R.E.M. já fez”. Em especial, as músicas "Supernatural Superserious" e "Accelerate" marcam presença, entrando em algumas paradas musicais ao redor do globo.

Em 2010, o R.E.M. lançou o vídeo R.E.M. Live from Austin, TX - um concerto gravado para o programa Austin City Limits em 2008. A banda anuncia o nome do seu décimo-quinto álbum de estúdio: Collapse Into Now. A banda gravou o álbum com Jacknife Lee em locais como Berlim, Nashville e Nova Orleans. Para o álbum, a banda buscou um som mais expansivo do que a abordagem intencionalmente curta e rápida implementada em Accelerate. Finalizado em 2010 na Alemanha, é lançado na primavera de 2011 (Hemisfério Norte). 


Berti Downs, o empresário da banda, declara que considera Collapse Into Now o "melhor álbum da banda desde sempre". Em dezembro de 2010, a banda libera "Discoverer", o primeiro single do álbum para download gratuito na internet.[carece de fontes] O álbum estreou no quinto lugar da Billboard 200, tornando-se o décimo álbum do grupo a alcançar os dez melhores da parada. Com este lançamento, a banda esgotou todas as obrigações contratuais com a Warner Bros. e o grupo começou a gravar material sem contrato alguns meses depois, com a intenção de lançá-lo de forma independente.

2011: Fim da banda

Em 21 de setembro de 2011, em um pequeno texto postado no site da banda, aparecem Michael Stipe, Mike Mills e Peter Buck em uma foto preto e branco, junto à seguinte mensagem: 

"Aos nossos fãs e amigos: como R.E.M., e como grandes amigos e colaboradores, decidimos nos separar como banda. Nós nos despedimos com um grande sentimento de gratidão, completude e orgulho de tudo que conquistamos. A qualquer pessoa que se sentiu tocada pela nossa música, nossos maiores agradecimentos por ouvir"

Stipe disse que ele esperava que os fãs soubessem que “não foi uma decisão fácil”. “Todas as coisas acabam e nós queríamos fazer do jeito certo, do nosso jeito”. O colaborador de longa data e Ex-Vice Presidente Sênior de Tecnologia Emergente da Warner Bros., Ethan Kaplan, especulou que as mudanças na gravadora influenciaram a decisão do grupo de se separar. 


O grupo discutiu o rompimento por vário anos, mas foram encorajados a continuarem após a crítica e performance comercial morna de Around the Sun; de acordo com Mills: “Nós precisávamos provar, não só para nossos fãs e críticos, mas para nós mesmos, que nós poderíamos continuar a fazer grandes discos”. Os membros da banda acabaram sua colaboração montando a coletânea Part Lies, Part Heart, Part Truth, Part Garbage 1982-2011, a qual foi lançada em novembro de 2011. 

Essa coletânea é a primeira a reunir músicas do R.E.M. da era da I.R.S. e da Warner Bros. e também incluía três novas músicas da sessão de gravação final do grupo, feitas após as sessões de Collapse into Now. Em novembro, Mills e Stipe fizeram um breve período de aparições promocionais na mídia britânica, sempre descartando a possibilidade do grupo se reunir novamente.

Em 2014, Unplugged: The Complete 1991 and 2001 Sessions foi lançado para o Record Store Day. Coleções de download digital de raridades da I.R.S. e da Warner Bros. se seguiram. Mais tarde naquele ano, a banda compilou a box de vídeos REMTV, o qual reuniu suas duas apresentações acústicas junto com vários outros documentários e shows ao vivo, enquanto a gravadora lançava o box 7IN--83-88, contendo singles em vinis de 7”. 


Em dezembro de 2015, os membros da banda autorizaram um acordo de distribuição com a Concord Bicycle Music para relançar seus álbuns do período da Warner Bros. Continuando a manter seus legados de direitos autorais e propriedade intelectual, em março de 2016 a banda assinou um novo contrato de administração de publicação de música com a Universal Music Publishing Group[123] e, um ano depois, deixaram a Broadcast Music Inc., que representaram seus direitos de apresentações durante toda a sua carreira, e se juntaram ao SESAC.

Integrantes

Integrantes originais
Peter Buckguitarra, baixo, teclado (1980—2011)
Mike Millsbaixo, teclado, guitarra, backing vocals, vocal (1980—2011)
Michael Stipevocal (1980—2011)
Bill Berrybateria, percussão, baixo, teclado, backing vocals (1980—1996)

Músicos de apoio
Buren Fowler – guitarra (1986–1987)
Peter Holsapple – guitarra, teclado (1989–1991)
Scott McCaughey – guitarra, teclado, percussão, backing vocals (1994–2011)
Nathan December – guitarra (1994–1995)
Joey Waronker – bateria (1998–2002)
Barrett Martin – percussão (1998)
Ken Stringfellow – teclado, guitarra, baixo, backing vocals (1998–2005)
Bill Rieflin – bateria, percussão (2003–2011)

Discografia

VÍDEOS:

R.E.M. - Imitation Of Life (Official Music Video)

R.E.M. - Losing My Religion (Official Music Video)

R.E.M. - Everybody Hurts (Official Music Video)

R.E.M. - Drive (Official Music Video)
R.E.M. - Man On The Moon (Official Music Video)

FONTE: WIKIPÉDIA

AUTOR: GUGUSONGS
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